https://entropia.slg.br/index.php/entropia/issue/feedEntropia2025-10-07T20:51:53+00:00Fernando Antonio da Costa Vieirafermavieira@entropia.slg.brOpen Journal Systems<p>Na termodinâmica, entropia é o conceito que mede a grandeza da desordem de um sistema físico que se apresenta como a medida do grau de desorganização das partículas em um determinado sistema. De acordo com a lei da termodinâmica, a entropia é o grau de aleatoriedade em qualquer sistema sempre aumentado. Então quanto maior a desordem, maior a alteração do seu estado e, consequentemente, maior será o grau de entropia. Pode ser chamada de entropia negativa quando leva à falência um sistema, ou seja, não há alteração do seu estado.</p> <p>Ao refletir sobre a mídia, a entropia da informação é definida como sendo uma forma de medir a quantidade de informação. Está relacionada com entropia negativa, ou seja, quando a informação é estabelecida, o grau de entropia será menor. É a entropia da informação que identifica o grau de incerteza de uma informação.</p> <p>A sociedade brasileira se caracteriza pela exclusão, pelo caos social, pela grandeza da desordem e da desigualdade, por olhares difusos acerca de sua própria realidade, em parte, por conta das leituras entrópicas apresentadas pelas grandes corporações midiáticas.</p> <p>Nesse contexto, os movimentos sociais buscam redefinir essa realidade trazendo à tona o que se encontrava submerso: a exclusão, o autoritarismo, a repressão. Por conta disso, são criminalizados e desqualificados pelas corporações midiáticas. Entropia buscará desvelar a grandeza das lutas efetuadas pelos movimentos sociais e o embate contra a mídia tradicional. Medir a grandeza da desordem social do país e as tensões que envolvem essas relações é o objetivo da revista.</p> <p>A revista Entropia é fruto da atuação do Laboratório de Movimentos Sociais e Mídia (LMSM) que é vinculado ao programa de Pós-Graduação em Sociologia Política do IUPERJ/UCAM (PPGSP IUPERJ/UCAM)</p>https://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/580REFLEXOS DO REGIME DITATORIAL DE 1964 A 1985 NA ATUAL ESTRUTURA POLICIAL BRASILEIRA2025-08-29T19:32:26+00:00ALINE DE OLIVEIRAaline_oliveira4@yahoo.com.br<p>A reabertura democrática nos anos 80 não eliminou totalmente os ideais impostos com a ditadura cívico-militar ocorrida no Brasil entre 1964 e 1985. Há rastros deixados pelo regime ditatorial às forças de segurança pública, vez que nelas foi incorporada a ideologia do inimigo que deve ser eliminado para a manutenção da ordem e controle social. A Constituição da República de 1988 alicerçou estruturas de segurança pública organizadas pela ditadura. A Polícia Militar consolidou hegemonia diante da Polícia Civil em treinamento, armamento, efetivo e visibilidade, ficando essa última vinculada ao caráter investigativo que lhe foi atribuído durante a ditadura. A violência policial, manifestada em várias formas, aliada à herança de desigualdade e preconceito da sociedade brasileira, traz graves violações aos direitos humanos, acentuando as expressões da Questão Social. O objetivo geral desta pesquisa foi verificar quais os reflexos deixados pela ditadura cívico-militar (1964-1985) à polícia brasileira. O método empregado foi o de revisão de literatura, com abordagem qualitativa e busca documental/exploratória. Verificou-se a necessidade de reavaliar moldes adotados à segurança pública, para evitar que os direitos humanos de brasileiros sejam feridos por policiais, os quais devem prezar por serem seus garantidores.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/594ELEMENTOS PARA FUNDAMENTAÇÃO DE UMA ESTÉTICA MARXISTA DIRECIONADA AO ESTUDO DA FICÇÃO CIENTÍFICA2025-10-02T19:27:17+00:00DIEGO CHABALGOITYdiegoc@id.uff.br<p> </p> <p>Esse artigo tem como objetivo apresentar elementos iniciais para fundamentação de uma estética marxista direcionada ao estudo da ficção científica, sobretudo no que diz respeito às expressões mais difundidas desse gênero na atualidade, a saber: as artes cinematográficas e audiovisuais. Indica a necessidade de crítica ontológica do gênero, buscando fundamentação no arcabouço marxista, mais especificamente nos trabalhos de Ernst Fischer e György Lukács. Conclui problematizando a utopia em Fredric Jameson, buscando ampliar tal discussão à ficção científica, gênero em que não raro somos levados a refletir que o verdadeiro falseamento ontológico não está nos limites da imaginação, mas sim na separação metafísica entre desenvolvimento material e civilizacional.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/583MÃES, TEARES E SEREIAS NAS FAVELAS DO RIO DE JANEIRO: CHACINAS E MOVIMENTOS SOCIAIS2025-09-04T15:23:37+00:00Maurício Brugnaro Júniormauriciojrmaumau@gmail.com<p>O estudo busca apreender a relação entre a violência policial e as chacinas ocorridas no Rio de Janeiro para a criação identitária de movimentos sociais organizados e representados pelas mães das vítimas. Dessa forma, compreende-se a formação identitária através dos atos de protestos e a criação de movimentos sociais, correspondendo a alguma chacina ocorrida anteriormente. A pesquisa indica para o sentido de formação de redes de solidariedade entre as mães da favela através das tecituras que elas realizam na ausência de uma proteção estatal, pois as violências ocorridas contra seus familiares são, justamente, perpetradas por agentes estatais. Utiliza-se, majoritariamente, revisão bibliográfica da literatura especializada em movimentos sociais contemporâneos; dados do Radar Saúde Favela (Fiocruz), revista especializada na divulgação da realidade das favelas no Rio de Janeiro; e dados do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (GENI/UFF) alocado na Universidade Federal Fluminense. Através de leitura e interpretação dos dados, realiza-se de pesquisa descritiva e correlacional entre os objetos estudados. Conclui-se que a rede de afetos e cuidados das mães da favela compõe a busca por justiça social e memória, antagonizando frente ao poder estatal legitimado estrutural e sócio-historicamente violento e letal. A pesquisa inova ao apresentar a correlação na constituição de identidade do movimento social em eventos recentes, associando a criação de movimentos sociais a tecitura de relações de solidariedade social.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/584A MORTE EM MEMÓRIAS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-192025-09-04T15:38:09+00:00 Ilana Sprada Pialailanapiala@ufpr.brIsadora Ferronato Galeskiisadora.ferronato@ufpr.brMarisete T. Hoffmann-Horochovskimarisete@ufpr.br<p>A morte na atualidade é dessocializada, tecnificada e interdita, na medida em que ela é jogada, na perspectiva elisiana, para os bastidores da vida cotidiana e pouco se comenta sobre ela. Com a pandemia de COVID-19, contudo, há novas transformações no universo da morte, devido à ameaça constante e ao número crescente de mortes ocasionadas pelo coronavírus. Por causa das medidas sanitárias, os rituais do luto foram suprimidos ou acelerados, não sendo possível velar e enterrar as pessoas adequadamente; em algumas regiões do país foi necessário, inclusive, enterrar os mortos em valas comuns, o que interferiu no processo de luto. Neste cenário, este trabalho tem como objetivos: compreender a morte, os rituais fúnebres e o luto como construção social; resgatar e analisar memórias de morte; e identificar as principais mudanças em torno da morte e dos ritos funerários no contexto pandêmico. Para isso, num primeiro momento, foi feita uma revisão de literatura sobre morte e sobre memória e, num segundo momento, por meio da metodologia da história oral, buscou-se resgatar memórias e experiências da pandemia, especialmente relacionadas à morte e ao luto. Por fim, analisou-se essas memórias, sublinhando as principais mudanças e permanências em torno do universo da morte.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/585IDENTIDADE CABOCLA E A IMPORTÂNCIA SOCIAL NAS TOADAS DO BOI-BUMBÁ DE PARINTINS/AM, AMAZÔNIA BRASILEIRA2025-09-04T15:51:08+00:00Isaías dos Santos da Cunhaisaiassantos454@gmail.com<p>Foi meta desenvolver análise relacionada à toada de boi-bumbá e seus aspectos relativos à comunicação e identidade cabocla. Toadas escolhidas foram avaliadas por levantamento de UCEs (Unidades de Contexto Elementar) catalogadas <em>a</em> <em>priori</em> pela categoria “sociocultural”. O enfoque foi centralizado na figura do caboclo compositor de toadas. O período foi de 1990 até 2006 ― em que o discurso da Amazônia indígena foi frequente e serviu de base de canções. Resultados apontam quer a figura do caboclo se mostrou mais próxima do nosso objeto de interpretação enquanto identidade cultural porque comunica sobre a população parintinense e suas raízes. A imagem do caboclo reflete o cotidiano regional, uma vez que é marca de resistência dos povos da Amazônia.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/587PROTESTO E ENFRENTAMENTO EM PLENO AI-5: RECONSTITUIÇÃO DO PRIMEIRO ESPETÁCULO DE TEATRO-JORNAL NO BRASIL2025-09-05T20:40:50+00:00Laura Barbano Aragãolaura.aragao@unesp.brMariana França Soutto Mayormariana.mayor@usp.br<p><strong> </strong>O presente artigo discute as implicações políticas da modalidade Teatro-Jornal no Brasil, por meio da reconstituição do espetáculo “Teatro-Jornal: Primeira edição” (1970) do diretor Augusto Boal. Para tanto, é imprescindível entender a relevância política do trabalho de Boal, bem como seu papel no surgimento e no fortalecimento de práticas teatrais de cunho político e mobilizador no Brasil, como o Teatro-Jornal. Esta modalidade foi fundamental enquanto prática de enfrentamento, principalmente durante a ditadura militar brasileira. Dessa forma, o presente trabalho debate a importância política e histórica da modalidade Teatro-Jornal, inaugurada no Brasil em 1970, além de reconstituir cenas do espetáculo, ressaltando sua forte resistência refletida tanto na multiplicação de células de enfrentamento à ditadura, quanto no fomento de discussões sobre a realidade da época.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/596PLATAFORMAS DIGITAIS E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE: A NOVA FRONTEIRA DO NEOLIBERALISMO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA2025-10-07T20:51:53+00:00Afranio de Oliveira Silvaafranioliveiras@gmail.comPaula Cristina S. Menezesafranioliveiras@gmail.comthiago J. Estevesafranioliveiras@gmail.comTeresa Crstina S. Santosafranioliveiras@gmail.com<p><strong> </strong>O artigo discute a precarização do trabalho docente no estado de São Paulo a partir da plataformização da educação, com destaque para os conceitos de <em>Digital Education Governance</em> e <em>Precision Education Governance</em>. A implementação de plataformas digitais, como o "Centro de Mídias de São Paulo", segue a lógica neoliberal, transformando o trabalho dos professores em atividades monitoradas e controladas digitalmente. A <em>Digital Education Governance</em>, conforme definida por Williamson (2016), representa um deslocamento da governança educacional para novos ambientes digitalizados, onde ferramentas tecnológicas conduzem a conduta de instituições e atores educacionais. A partir de 2024, o governo paulista implementou plataformas digitais como parte de uma lógica neoliberal que transforma o trabalho dos professores em atividades digitais monitoradas, seguindo modelos de controle e vigilância. Essa transformação faz parte de uma tendência global, na qual empresas privadas fornecem infraestrutura tecnológica e coletam dados educacionais, gerando um cenário de uberização do ensino. A padronização do conteúdo e a redução da autonomia docente são pontos centrais, com plataformas como o "Centro de Mídias de São Paulo" assumindo um papel importante nesse processo. Por fim, o artigo também explora como essas mudanças impactam as condições de trabalho dos professores, exacerbando a carga de trabalho e criando um ambiente de maior controle e pressão. Esse modelo reflete a padronização do ensino e a redução da autonomia docente, com professores atuando mais como operadores das plataformas do que como educadores.</p>2025-10-07T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/589A LINHA DO TEMPO DA MORAL: CONFLITOS SOBRE FAMÍLIA E GÊNERO NO LEGISLATIVO2025-09-05T21:34:25+00:00 Luana Marques Carloslua-marques@live.comMonalisa Soares Lopesmonalisasoares@ufc.br<p>Este estudo busca analisar como concepções, práticas e discursos conservadores se estruturam em torno da ideia de família, com foco nas manifestações ocorridas na Câmara dos Deputados entre 2013 e 2022. Especialmente no artigo em questão, a investigação concentra-se na análise do Projeto de Lei nº 6583/2013, que propõe o Estatuto da Família, observando a mobilização parlamentar e sua articulação política como expressões de uma gramática conservadora com ênfase na conjuntura e uma cronologia dos eventos circunscritos. A metodologia baseia-se na análise de documentos oficiais e notas taquigráficas, em um contexto marcado por crises políticas, sociais e econômicas que favoreceram o fortalecimento do discurso conservador. O estudo também considera a emergência da Nova Direita a partir de 2013, sua crescente presença no debate público e no Parlamento, bem como o uso estratégico da visibilidade midiática. Por fim, relaciona esse cenário nacional com transformações globais, conforme interpretadas por Nancy Fraser, que identifica um momento de transição política impulsionado pela crise do neoliberalismo progressista e pela ascensão de forças reacionárias.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/591O TELEJORNALISMO MILITANTE DA TV GLOBO E AS ELEIÇÕES DE 20182025-10-02T17:48:52+00:00Fernando Vieirafermavieira@uol.com.brOsvaldo Moreira da Silvadasilva.osvaldo@gmail.com<p>Em 2018, a TV Globo lançou uma campanha intitulada O Brasil que queremos, onde a sociedade era convidada a apontar o que esperava das eleições que seriam realizadas em outubro. Assistiu-se a um festival de defesas de uma sociedade livre da corrupção, onde as questões sociais e a defesa da democracia eram subalternizadas. Essa demanda moralista foi capturada por Jair Bolsonaro que se apresentou como o candidato contra ”tudo o que está aí”. O presente artigo irá analisar a constituição desse jornalismo militante e seu impacto para a vitória de Bolsonaro nas eleições. Para isso, analisaremos as falas apresentadas na campanha, o processo de construção de um consenso em torno dos valores moralistas na política e o processo de desconstrução das esquerdas no país. O papel da mídia como ator que pauta o eleitorado é o ponto de partida do artigo.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/592SINDICALISMO DE PROFESSORES E PRODUÇÃO ACADÊMICA2025-10-02T17:58:45+00:00Everton Werneck de Almeidaevertonwerneck@gmail.com<p>Sob um contexto de acentuada precarização do trabalho docente que, embora constitua traço estruturalmente marcante do campo educacional do Brasil enquanto nação ocupante da periferia do sistema capitalista mundial, intensifica-se sob o contexto histórico de hegemonia das políticas neoliberais, o sindicalismo de professores da educação básica pública resiste representando uma das poucas categorias profissionais que, a partir de seus sindicatos, ainda guardam algum poder de mobilização após a contraofensiva neoliberal que solapou as bases sindicais de amplos contingentes de trabalhadores brasileiros. Entretanto, essa mesma luta sindical docente, embora tenha, de certa forma, resistido à “avalanche neoliberal”, nem por isso escapou incólume a tal processo histórico, encontrando, até hoje, grandes dificuldades em suas lutas e capacidade de mobilização. É em meio a este quadro histórico brevissimamente relatado que tem lugar a pesquisa intitulada “Professor, sindicalista, acadêmico: por uma crítica da crítica do sindicalismo docente”. Com base no referencial teórico construído pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a referida pesquisa possui enquanto objeto o conjunto de militantes e ex-militantes sindicais do magistério que posteriormente irão se dedicar a estudos e pesquisas acerca do mesmo sindicalismo docente, em programas de pós-graduação e seus cursos de mestrado e doutorado. Ao contrário do que à primeira vista possa aparentar, a pesquisa supracitada, através de pesquisas bibliográficas e documentais, revela-nos, a princípio, que o grande número de sindicalistas e ex sindicalistas estudando e pesquisando sobre o tema sindicalismo docente não garantiria, <em>a priori</em>, a existência de uma “produção militante”, no sentido da constituição de uma massa crítica de estudos e pesquisas intimamente ligados às lutas coletivas do magistério e, portanto, capaz de orientar tais lutas. Estas, no entanto, seguem sendo travadas de maneira um tanto quanto “intuitiva”, orientadas por um conhecimento prático político-sindical, destituídas de um importante processo de estudo e reflexão crítica capaz de desaguar em uma renovação das práticas sindicais que em muito poderia dotar a ação coletiva dos professores de novos instrumentais capazes de reavivar o movimento docente e, assim, fortalece-lo em suas lutas contra as políticas neoliberais.</p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/593SUBCOMANDANTE MARCOS – CONTADOR DE HISTÓRIAS, INTELECTUAL ORGÂNICO E TRADUTOR CULTURAL2025-10-02T18:07:29+00:00Vinícius Fáverovini_drecshel@hotmail.com<p>O intuito central desta produção se encontra em observar a práxis do militante constituidor do movimento indígena do Exército Zapatista de Libertação Nacional, conhecido pela alcunha de Subcomandante Marcos. Através de seus escritos, inseridos no contexto de 1994 à 2001, se objetivará analisar a forma com que este quadro político atua enquanto mobilizador e liderança deste exército carregado de historicidade. Ao mesmo tempo, se buscará investigar a forma que Marcos desenvolve uma linguagem de interconexão e dupla-tradução cultural, ao trazer elementos do México hispanizado até a materialidade indígena, e tratativas da práxis de resistência indígena à sociedade-civil mexicana. Neste sentido, serão mobilizados co ceitos de análise apresentados por Walter Benjamin em seu ensaio “O Narrador”, onde o autor se debruça sobre o artifício da crônica e lenda (muito utilizados por Marcos), enquanto ferramentas de intercâmbio de experiência política. Em suma, também será utilizado como ferramenta metodológica, o conceito de “Intelectual Orgânico” de Antônio Gramsci, a fim de tecer uma compreensão acerca do sentido e propósito político-social de classe da atuação do militante.</p> <p> </p>2025-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropiahttps://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/595APRESENTAÇÃO2025-10-07T20:35:10+00:00Fernando vieirafermavieira@uol.com.br<p>A américa Latina caminha numa tênue linha entre a liberdade democrática e o autoritarismo. A vitória de Trompa nos Estados Unidos se traduziu numa clara ameaça às liberdades. Adotando tom belicoso, busca restaurar uma visão imperial sobre a américa latina defendendo abertamente lideranças autoritárias e, o pior, legitimando aspirações contrárias ao Estado Democrático de direito. Não só, sua agenda vinculada ao fundamentalismo cristão retrocede em direitos de minorias sexuais e étnicas, se espalhando para além de suas fronteiras como um vírus contagioso. Para completar o caos, seu governo fortalece o negacionismo científico e ataca a autonomia universitária buscando controlar os debates e pesquisas acadêmicas.</p> <p>Nesse contexto, a revista Entropia buscará abrir suas páginas para publicar pesquisas que fortaleçam a autonomia da pesquisa, a inquietação científica e a defesa de uma sociedade plural e democrática. Para isso contamos com a colaboração dos que acreditam na ciência no saber científico.</p>2025-10-07T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Entropia