A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO E AS TRAJETÓRIAS DAS MULHERES NA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.52765/entropia.v5i10.343Resumo
Nos estudos sociais acerca das engenharias, é de importância considerar o processo de entrada das mulheres nesta área historicamente masculinizada. Na Engenharia Civil, um dos cursos mais antigos da profissão no Brasil, a presença feminina é crescente. Porém, a despeito dos números, a profissão ainda é marcada pela divisão sexual do trabalho principalmente no que diz respeito à atuação em canteiros de obras. Este artigo objetiva refletir sobre o percurso histórico traçado pelas mulheres brasileiras no campo educacional e profissional das engenharias, focalizando as dinâmicas do mundo do trabalho atual e seus efeitos sobre as engenheiras civis. Ao analisar a bibliografia, é possível observar o quanto as trajetórias não são lineares e compreendem contextos e perfis diferentes ao longo do tempo. Não obstante diversos avanços em relação às pioneiras no início do século XX, as engenheiras brasileiras ainda enfrentam diversas dificuldades associadas à construção social dos papéis de gênero na sociedade e da divisão sexual do trabalho. Fatores que se mantêm presentes na profissão, assumindo formas diferentes de preconceito com o passar dos anos. Salienta-se a importância e relevância dos estudos sobre o trabalho das engenheiras, posto que é fundamental nas engenharias o desenvolvimento de espaços profissionais que possam proporcionar mais igualdade entre os gêneros.