MULHERES E DITADURA: AS CONSTRUÇÕES AUTOBIOGRÁFICAS COMO LUGAR DE RESISTÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.52765/entropia.v5i10.351Resumo
O presente trabalho se propõe a analisar o livro “Tropical Sol da Liberdade” de Ana Maria Machado e os documentários “Que bom te ver viva” de Lúcia Murat e “Vou contar para meus filhos” de Tuca Siqueira, como espaços de construção de memórias femininas referente à ditadura civil-militar brasileira. Para tanto três pontos serão abordados: a obra literária e a construção autobiográfica; os documentários enquanto espaços autobiográficos; e o testemunho de mulheres como espaço de resistência ao esquecimento e ao apagamento de suas experiências frente ao sistema ditatorial. Neste percurso, intelectuais como Virginia Woolf, Audre Lorde, Bell hooks nos inspiram a pensar a potência das narrativas de mulheres. E Beatriz Sarlo, Luiza Passerini, Ana Maria Colling, Margareth Rago e Susel Oliveira da Rosa ajudam-nos pensar sobre memórias de mulheres e as experiências de mulheres militantes no período de ditadura.