MAKING SPONTANEITY: A CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DA ESPONTANEIDADE

Autores

  • Eduardo Georjão Fernandes UFRGS
  • Guillermo Omar Orsi UFRGS

Resumo

 “espontaneidade” tem sido um elemento apontado por veículos midiáticos na descrição de ações promovidas por movimentos sociais. Esse é o caso do ciclo de manifestações de 2013 no Brasil e do ciclo de panelaços da Argentina iniciado em 2012. A questão é que, quando um veículo midiático qualifica uma ação coletiva como “espontânea”, não ocorre um processo de explicitação do significado do termo, o que gera ambiguidades e contradições discursivas. Este estudo busca, a partir da análise do conteúdo de material jornalístico, abordar a seguinte questão: quais elementos estão presentes/ausentes na ação coletiva quando esta é caracterizada como espontânea pela grande mídia, comparativamente a eventos tidos como não espontâneos? Como se dá esse processo de caracterização do protesto? Metodologicamente, foi analisado o conteúdo das
coberturas tanto de eventos tidos como espontâneos quanto de eventos caracterizados como não espontâneos pelos jornais Zero Hora (no ciclo de protestos de 2013) e La Nación (nos panelaços de 2012 e 2016). Como referencial teórico, o trabalho vincula-se aos autores da Teoria do Processo Político, com a operacionalização do conceito de enquadramento interpretativo da ação coletiva.

 

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Publicado

04/06/2022

Como Citar

Georjão Fernandes, E., & Omar Orsi, G. (2022). MAKING SPONTANEITY: A CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DA ESPONTANEIDADE. Entropia, 1(2), 57–74. Recuperado de https://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/375