FEMINISMO NEGRO E CIBERATIVISMO NO BRASIL

Autores

  • Dulci Lima Pesquisadora em Ciências Sociais e Humanas no Centro de Pesquisa e Formação do SESC SP

Resumo

Ao longo da década de 1990 os feminismos latino-americanos expandiram seu campo de ação abarcando novas arenas culturais, sociais e políticas. Os movimentos se transversalizaram e se estenderam em direção a diferentes esferas, atingindo uma ampla diversidade de classes e movimentos sociais. Organizações de mulheres negras, indígenas e rurais cresceram consideravelmente ampliando os parâmetros da agenda do movimento. Essa disseminação das concepções feministas tem produzido resultados positivos em políticas públicas e aos poucos tem se inserido no imaginário e cultura popular diluindo, por um lado, as resistências ideológicas em relação ao feminismo, mas por outro lado, ampliando sua visibilidade para grupos de ódio que por vezes investem contra os coletivos. Nesse contexto as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) se tornaram ferramentas estratégicas e fundamentais para atuação dos "novos feminismos” marcados pela horizontalidade dos discursos, práticas plurais e heterogêneas, articulação com setores diversos da sociedade civil e o uso das TICs. Os feminismos em atuação na web buscam não apenas um espaço de compartilhamento e troca, mas principalmente formas de participação e intervenção nas agendas políticas da sociedade. Espaço de participação e visibilidade que grupos minoritários nem sempre conseguem por vias tradicionais como a grande mídia.

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Publicado

06/06/2022

Como Citar

Lima, D. (2022). FEMINISMO NEGRO E CIBERATIVISMO NO BRASIL. Entropia, 3(6), 05–21. Recuperado de https://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/392