REPRESENTAÇÕES DO CONSUMO MIDIÁTICO: O CASO “GOLPE” EM MÚSICAS DE PROTESTO DO SÉCULO XXI

Autores

  • Marcos Maurício Alves da Silva ESPM-SP

Resumo

Vemos neste trabalho o pedido de impedimento da presidente Dilma e a instauração do processo pela Câmara dos Deputados e dos Senadores como um acontecimento no qual diferentes tipos de enunciados se articulam e passam a formar um emaranhado de possibilidades discursivas sobre a temática do impedimento seja para mostrar argumentos favoráveis ou contrários ao caso. Segundo Guilhaumou e Maldidier (1986) o acontecimento discursivo não se confunde nem com a notícia, nem com o fato designado pelo poder, nem mesmo com o acontecimento construído pelo historiador. Segundo os autores o acontecimento é apreendido na consistência de enunciados que se entrecruzam em determinado momento. Aqui, vemos estes entrecruzamentos em canções que denunciam um golpe contra a democracia. Procuramos ver regularidades (Foucault, 2008) que possam nos levar a perceber como se dá o consumo das representações de mídia em duas canções, a saber: “O morro mandou avisar” e “Golpe não”. Consideramos estas canções como música de protesto do século XXI, pois apresentam uma série de semelhanças às canções de protesto dos anos 60 e 70 no Brasil.

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Publicado

06/06/2022

Como Citar

Alves da Silva, M. M. . (2022). REPRESENTAÇÕES DO CONSUMO MIDIÁTICO: O CASO “GOLPE” EM MÚSICAS DE PROTESTO DO SÉCULO XXI . Entropia, 3(6), 79–95. Recuperado de https://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/395

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