ANTICOMUNISMO, GOLPISMO E QUESTÃO AGRÁRIA: UMA ANÁLISE SOBRE O PROGRAMA AGRÁRIO DO IPÊS: 1963 - 1966

Autores

  • Fernando de Oliveira Vieira UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.52765/entropia.v6i12.439

Resumo

O artigo aborda a percepção do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês em relação à questão agrária, no período compreendido de 1963 a 1966, com objetivo de analisar a visão de mundo de grupos anticomunistas da década de 60. Tem como fontes primárias publicações do próprio instituto, como Reforma Agrária, Bases e Soluções, Reformas de Base: a posição do Ipes, os Boletins Mensais Ipês e jornais de grande circulação. O Ipês era um agrupamento anticomunista, formado por civis e militares, fundado em 1961, cujos integrantes participaram da articulação do golpe civil militar de 1964. Quadros dessa organização, como Paulo Assis Ribeiro, foram incorporados ao governo Castello Branco, participando da formulação do Estatuto da Terra (ASSIS, 2001; DREIFUSS, 2008). O Ipês defendia um programa de mudanças para o Brasil em contraposição às Reformas de Base preconizadas pelo governo João Goulart. Dando continuidade ao nosso trabalho no mestrado, intitulado O discurso anticomunista do Ipês entre 1963-1966, o artigo analisa ainda a relação do modelo de reforma agrária defendido pelo Ipês com  suas perspectivas quanto ao trabalhador rural, além da ligação dessas propostas com suas concepções anticomunistas, seus princípios doutrinários em defesa da Aliança para o Progresso e à carta Mater et Magistra e sua vinculação com os princípios da Escola Superior de Guerra.

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Publicado

25/07/2022

Como Citar

de Oliveira Vieira, F. (2022). ANTICOMUNISMO, GOLPISMO E QUESTÃO AGRÁRIA: UMA ANÁLISE SOBRE O PROGRAMA AGRÁRIO DO IPÊS: 1963 - 1966. Entropia, 6(12), 95–117. https://doi.org/10.52765/entropia.v6i12.439