PC DO B, CHINA E MAOÍSMO CONTINUIDADE E RUPTURA
DOI:
https://doi.org/10.52765/entropia.v7i13.470Resumo
O PC do B, oriundo do PCB e aliado da URSS, foi a primeira organização brasileira a se aliar à China — depois da ruptura sino-soviética — e a ter como uma das suas principais referências políticas e teóricas o pensamento de Mao Tsé-tung. Contudo, essa relação nem sempre foi harmoniosa e coerente. Com as mudanças operadas na China depois do falecimento de Mao Tsé-tung em 1976, o PCdoB começou a dar uma guinada em relação às posições da China a partir da publicação da teoria dos três mundos em novembro de 1977, no jornal Renmin Ribao. O efeito disso não foi apenas o afastamento do PCdoB das posições adotadas pelo PCCh, mas também o rompimento com o pensamento de Mao Tsé-tung, por responsabilizá-lo por tal teoria adotada pelo PCCh. No entanto, com a crise do chamado “socialismo real” entre 1989 e 1990, o PCdoB mudou de posição e retomou o contato com o PCCh, e, além de ter a China atualmente como a sua principal referência externa, retomou a obra de Mao Tsé-tung sem a rejeição que a marcou na década de 1980.