POLITICIDADES ESTÉTICAS: O CINEMA DISTÓPICO NO BRASIL DA ASCENSÃO EVANGÉLICA

Autores

  • Aline Vaz Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)
  • Sandra Fischer Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)
  • Marcela Barba UFF

DOI:

https://doi.org/10.52765/entropia.v8i16.510

Palavras-chave:

Cinema e campo do sintoma, Cinema brasileiro contemporâneo, Branco Sai, Preto Fica, Divino Amor, Política e Religião

Resumo

Tomando o cinema como campo do sintoma, o presente estudo se dedica a investigar e analisar como a intersecção entre ‘política’ e ‘religião’ se dá a ver por meio de uma estética distópica nos filmes Branco Sai, Preto Fica, filme de Adirley Queirós lançado em 2015 após a conturbada reeleição presidencial de Dilma Rousseff em 2014; e Divino Amor, lançado pelo diretor Gabriel Mascaro em 2019, ano em que Jair Bolsonaro assume a Presidência da República. Assim, partindo de premissas da semiótica de linha francesa, observam-se nos filmes como as estratégias estéticas estabelecem elos comunicacionais que fazem com que a sociedade tenha a oportunidade de reconhecer um Brasil em cena – aquém e além da tela do cinema.

Biografia do Autor

Aline Vaz, Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)

Doutora com estágio pós-doutoral pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná; docente do PPGCom/UTP; líder do Grupo de Pesquisa TELAS: cinema, televisão, streaming, experiência estética (PPGCom-UTP/CNPq). alinevaz900@gmail.com

 

Sandra Fischer, Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)

Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (PPGCom-UTP). Docente Colaboradora do Mestrado em Cinema e Artes do Vídeo da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Vice-líder do Grupo de Pesquisa TELAS: cinema, televisão, streaming, experiência estética (PPGCom-UTP/CNPq). sandrafischer@uol.com.br

Marcela Barba, UFF

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF); Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (PPGCOM/UFPR); bolsista CAPES. É integrante do Laboratório de Mídia e Democracia (LAMIDE-UFF) e do Grupo de Pesquisa TELAS: cinema, televisão, streaming, experiência estética (PPGCOM - UTP). marcelabarba@id.uff.br.

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Publicado

12/08/2024

Como Citar

Vaz, A., Fischer, S., & Barba, M. (2024). POLITICIDADES ESTÉTICAS: O CINEMA DISTÓPICO NO BRASIL DA ASCENSÃO EVANGÉLICA. Entropia, 8(16), 213–235. https://doi.org/10.52765/entropia.v8i16.510