MÃES, TEARES E SEREIAS NAS FAVELAS DO RIO DE JANEIRO: CHACINAS E MOVIMENTOS SOCIAIS

Autores

  • Maurício Brugnaro Júnior UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.52765/entropia.v9i18.583

Resumo

O estudo busca apreender a relação entre a violência policial e as chacinas ocorridas no Rio de Janeiro para a criação identitária de movimentos sociais organizados e representados pelas mães das vítimas. Dessa forma, compreende-se a formação identitária através dos atos de protestos e a criação de movimentos sociais, correspondendo a alguma chacina ocorrida anteriormente. A pesquisa indica para o sentido de formação de redes de solidariedade entre as mães da favela através das tecituras que elas realizam na ausência de uma proteção estatal, pois as violências ocorridas contra seus familiares são, justamente, perpetradas por agentes estatais. Utiliza-se, majoritariamente, revisão bibliográfica da literatura especializada em movimentos sociais contemporâneos; dados do Radar Saúde Favela (Fiocruz), revista especializada na divulgação da realidade das favelas no Rio de Janeiro; e dados do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (GENI/UFF) alocado na Universidade Federal Fluminense. Através de leitura e interpretação dos dados, realiza-se de pesquisa descritiva e correlacional entre os objetos estudados. Conclui-se que a rede de afetos e cuidados das mães da favela compõe a busca por justiça social e memória, antagonizando frente ao poder estatal legitimado estrutural e sócio-historicamente violento e letal. A pesquisa inova ao apresentar a correlação na constituição de identidade do movimento social em eventos recentes, associando a criação de movimentos sociais a tecitura de relações de solidariedade social.

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Publicado

02/10/2025

Como Citar

Brugnaro Júnior, M. . (2025). MÃES, TEARES E SEREIAS NAS FAVELAS DO RIO DE JANEIRO: CHACINAS E MOVIMENTOS SOCIAIS. Entropia, 9(18), 49–71. https://doi.org/10.52765/entropia.v9i18.583