A CIDADE EM JOGO: EFEITOS SOCIAIS E URBANOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NAS COPAS DE 1950 E 2014
DOI:
https://doi.org/10.52765/entropia.v8i15.519Resumo
O presente artigo tem como objetivo principal descrever e analisar como se deu a construção dos equipamentos esportivos voltados para atender às demandas dos megaeventos esportivos, como Copa do Mundo de Futebol e Olimpiadas. Assim, busca-se pensar quais foram os resultados das políticas públicas que visaram estabelecer novas formas de sociabilidade no espaço urbano na cidade do Rio de Janeiro em detrimento dos megaeventos. A hipótese apresentada neste trabalho, parte da ideia de que os rearranjos governamentais visaram atender a uma demanda do capital internacional, tomando a cidade como mercadoria. Para isto, parte-se de uma análise comparativa entre as Copas de 1950 e 2014. O presente artigo se insere no contexto dos estudos sobre cidade, futebol e os megaeventos esportivos. Parte desses estudos demonstram que a construção de arenas esportivas emerge como tática de produção de novos espaços de sociabilidade sobre o controle de uma entidade transnacional, a FIFA. Os resultados são ingerências sobre a soberania das políticas públicas, nos espaços urbanos, nacionais e locais, gerando um conjunto de controvérsias entre demandas efetivas da população e o interesse do capital internacional.